Baixo custo e eficácia: conheça o bougie para uso em vias aéreas difíceis

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    Dispositivo facilita a intubação traqueal em casos considerados extremos, quando a visualização da traquéia está comprometida

     

    O bom médico é aquele que está sempre preparado para as mais inesperadas ocasiões,
    dentro e fora do seu consultório. Uma das situações que mais demandam atendimento
    rápido e preciso é o evento da via aérea difícil, também conhecida como VAD. Nestas
    ocasiões, é necessário agir com técnica apurada para garantir a desobstrução e,
    consequentemente, a recuperação da capacidade do paciente de respirar. Em casos como
    estes, a falta de atendimento ou o erro na execução do procedimento pode representar a
    gravidade do quadro clínico, levando o paciente a óbito.

    É por isso que os médicos – e principalmente os socorristas -, devem ter sempre em
    mãos o bougie, que funciona como um guia para a intubação traqueal. Corriqueiramente
    usado no Brasil, o dispositivo é unanimidade na área da saúde de diversos países da
    Europa. No Reino Unido, por exemplo, os introdutores são a primeira escolha dos
    anestesiologistas, conforme reportagem publicada pelo Jornal da Associação de
    Anestesiologia do Reino Unido e Irlanda.

    O bougie deve ser usado nas situações de emergência quando:

    • Não é possível ter a visão completa da glote;
    • O paciente possui dentes protusos, que dificulta o caminho do introdutor;
    • Mallampati avançado.

    Vantagens do uso do bougie

    A vantagem do bougie é que ele tem baixo custo e, em situações extremas, pode ser
    montado de forma provisória, usando guias hidráulicas para passagem de fios em
    tubulações na construção civil.

    O bougie pode ser encontrado nas mais diferentes versões. Segundo a Celmat,
    referência em venda de produtos na área da saúde, os introdutores bougie podem ser
    para uso adulto, infantil e neonatal, além de serem encontrados com diferenciais, como
    o articulado e o oxigenado, estes um pouco mais caros.

    O oxigenado, por exemplo, vem como um conector de ventilação para O2 de 15
    milímetros. São usados, principalmente, para dessaturação do paciente.
    Já o articulado permite dobrar ou curvar as guias, aumentando a mobilidade durante o
    atendimento médico essa versão tem 20 centímetros de comprimento quando dobrado,
    podendo chegar até a 65 centímetros após a montagem.

    Os pesquisadores da saúde elogiam o bougie por ser barato e também seguro. As
    complicações relacionadas ao seu uso são mínimas, e estão ligadas a falhas pontuais do
    material utilizado ou também advindas de erro médico, gerando traumas que podem
    causar sangramentos.