“É importante alertar que a obesidade é apontada como um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2, que é quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz. Também existe uma clara relação entre ganho de peso, mesmo em faixas normais, e aumento do risco. No entanto, vale ressaltar que a redução de um mísero quilo pode diminuir em 17% a chance de alguém ficar diabético. Por isso, hábitos saudáveis e atividade física regular são fundamentais para ficar longe da doença”, esclarece a especialista.
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Mulheres, as mais afetadas pelo diabetes
Dados do Ministério da Saúde mostram que na última década o número de pessoas com diabetes tipo 1 e 2 no Brasil subiu quase 62%, e as mulheres são as mais afetadas. Segundo Camila, quando se fala em atividade física, as mulheres ainda ficam em desvantagem.
Medidas de circunferência abdominal igual ou superior a 94 cm em homens e 80 cm em mulheres já indicam maior risco, especialmente, para doenças ligadas ao coração.
De olho na balança ou na taxa de gordura corporal?
Essa é a dúvida de muita gente. Muitos ficam escravos da balança, controlam quilo por quilo, deixam de comer algo para ‘não engordar’, mas se esquecem de que o mais importante mesmo é o percentual de gordura corporal. O IMC (Índice de Massa Corporal) pode dar um parâmetro importante, mas é preciso ficar atento à taxa de gordura corporal.
O IMC é o método mais utilizado e pode ser calculado dessa forma: peso ÷ altura x altura. Além do IMC, há outros métodos mais específicos para avaliar a gordura corporal, entre eles o Pregas Cutâneas, Bioimpedância Elétrica e Densitometria de Corpo Inteiro (DEXA).
Diferenças entre diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2
No diabetes tipo 1 existe uma deficiência na produção de insulina. O sistema imunológico ataca e destrói equivocadamente as células beta do pâncreas, que não conseguem mais produzir insulina. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Corresponde a 5 – 10% dos casos de diabetes.
Obesidade, doença crônica
Camila lembra que o preconceito em relação à obesidade ainda é grande, e muitos não enxergam o problema como uma doença. “É mais fácil achar que as pessoas que estão obesas se encontram naquela situação simplesmente porque são preguiçosos e comem demais. Mas vale o alerta: o excesso de gordura corporal aumenta o risco de esteatose hepática (gordura no fígado), pedra na vesícula, problemas nas articulações (como artrose), apneia do sono e até certos tipos de câncer (intestino, próstata, vesícula biliar, endométrio e mamas)”, esclarece a especialista.
A dica, segundo Camila, é apostar numa reeducação alimentar aliada à atividade física.
Sobre Camila Luhm
Camila Luhm é graduada em Medicina pela Faculdade Evangélica do Paraná (FEPAR), com residência em Clínica Médica pelo Hospital de Clínicas – Universidade Federal do Paraná (UFPR) e residência em Endocrinologia pelo Hospital de Clínicas – Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tem mestrado em Medicina Interna pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e possui título de especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Também é membro da Sociedade Latino-Americana de Tireoide (LATS).
Serviço:
Dra. Camila Luhm – Neoclinical
Endereço: Rua Carneiro Lobo, nº 468, 12º andar / Centro Empresarial Champs Elysees
Bairro: Batel / Curitiba – PR
Telefone: (41) 3077-5060
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