Óleo vegetal ainda alimenta redes criminosas

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    Quando o assunto é óleo vegetal é sempre bom tomar cuidado com o que se compra. O alto valor do produto, que teve uma inflação que passou da casa dos 100% recentemente, aumentou a procura por opções mais baratas e muitas empresas acabam burlando leis e a fiscalização para entregar óleo vegetal sem condições de uso.

    No final do ano passado, um caminhoneiro de 45 anos acabou detido na BR-277, na Região Metropolitana de Curitiba, transportando ilegalmente 47 toneladas de óleo vegetal. O que chamou a atenção das autoridades é que toda a carga estava em tanques exclusivos para produtos químicos derivados de petróleo – sendo que produtos alimentícios só podem ser transportados com certificação emitida pelo INMETRO para este produto.

    “Essas ações são importantes para coibir criminosos que atentam contra a saúde pública. Em fevereiro, no Ceará, tivemos o fechamento de uma empresa clandestina de coleta e armazenagem de óleo vegetal que revendia o material para uma fábrica de sabão. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) constatou que esta empresa nem possuía Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), e muito menos alvará de funcionamento ou licença ambiental” alerta Vitor Dalcin, Diretor Executivo da Ambiental Santos.

    Óleo vegetal e as quadrilhas
    Essas ocorrências só reforçam o risco que os consumidores estão expostos diariamente. O óleo usado é transportado de maneira criminosa em veículos sem preparo para, muitas vezes, serem filtrados e revendidos como óleo novo.

    Vitor explica que no Brasil há casos de empresas não autorizadas a trabalhar com reciclagem que roubam óleo de cozinha de restaurantes e lanchonetes:

    “São quadrilhas organizadas, que se passam por empresa autorizada para coleta de óleo. Ao entrarem nas cozinhas de bares e restaurantes, praticamente se aproveitam de um momento de distração e levam tudo o que conseguem. Muitas vezes, essas visitas acontecem em momento de grande movimentação.”

    Para evitar problemas, basta seguir as orientações de sempre:
    – Não deixe que entre em seu estabelecimento pessoas não autorizadas
    – Em momentos de grande movimentação fique atento com pessoas estranhas perto de onde você armazena óleo de cozinha,
    – Deixe todo o óleo de cozinha que está armazenado protegido em uma ala do restaurante.
    – Peça sempre a identificação de quem se apresentar como coletor de óleo usado e confirme por telefone com a empresa se eles são, de fato, funcionários preparados e se a empresa para a qual trabalham tem as certificações necessárias.

     

     

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