Fogueiras, fogos de artifício e até mesmo os balões, que são proibidos pela legislação, são os principais causadores de queimaduras graves nesta época do ano
Conforme o especialista, em caso de acidente leve, a primeira orientação é colocar a área atingida em água corrente para aliviar a dor. “Água corrente até o atendimento médico alivia a dor e reduz a temperatura do local acometido cessando o processo da queimadura possibilitando reduzir a extensão e gravidade das lesões, mas em hipótese alguma utilizem pomadas ou qualquer outra substância sem orientação médica e procure imediatamente atendimento especializado”, orienta Peixoto.
Durante as festas desta época do ano, muita gente ainda encara o desafio de pular a fogueira”. “Brincadeiras tradicionais como desafios e competições de pular ou andar sobre as brasas podem causar acidentes e danos graves. O índice de acidentes é elevado, então, o melhor é aproveitar as festas sem colocar a segurança e a saúde em risco”, comenta o médico.
Outra recomendação é redobrar cuidados ao soltar foguetes, não usar fogos de artifício em ambientes fechados e não os apontar para pessoas ou janelas. “Importante também nunca transportar estes artefatos nos bolsos, pois se eles forem acionados certamente o acidente será bastante grave. O perigo dos fogos de artifício é indiscutível, além de queimaduras graves podem causar mutilação, cegueira e a até a morte, por isso, é preciso muita atenção e cautela ao manusear esses materiais”, avalia.
Os balões podem ser apaixonantes, mas além de perigosos para a saúde humana e ambiental, soltar, vender, fabricar e transportar balões é crime, previsto na Lei de Crimes Ambientais, então, ao saber de alguém com balões as autoridades devem ser acionadas. “Soltar balões é uma atitude imprudente, que não só coloca em risco a vida e saúde humanas, mas o meio ambiente, o patrimônio, enfim, a sociedade. Precisamos alertar sempre para os grandes riscos que envolvem essa atividade”, completa o especialista.
Tratamento das lesões
Em caso de queimaduras, Peixoto explica que o primeiro passo é fazer a avaliação das lesões. Isso é fundamental para orientar as condutas a serem tomadas. “Nossa principal intenção é com a manutenção da vida. Assim, após os primeiros atendimentos relacionados à sobrevivência do paciente, começamos a etapa de examinar atentamente a área afetada, a profundidade das lesões, o agente causador das queimaduras e quais áreas corporais foram atingidas. Após, é possível estabelecer um tratamento no hospital ou em ambulatório com visitas frequentes, a depender das condições do paciente”, comenta o especialista.
Peixoto ressalta, ainda, que a tecnologia tem ajudado muito no tratamento de vítimas. “No Pilar Hospital, por exemplo, dispomos de diferentes modelos de câmara hiperbárica (multipaciente e monopaciente), que otimizam a cicatrização, auxiliam no combate às infecções e aceleram a plena recuperação dos pacientes. Além disso, o novo Centro de Tratamento de Queimados, implementado neste ano, está completamente integrado com área de Terapia Intensiva, além de contar com o atendimento de uma equipe multidisciplinar com cerca de 30 profissionais que atuam para a recuperação desses casos”, relata.
Há alguns anos que o Pilar Hospital já se dedica ao tratamento de lesões complexas com curativos especiais, algumas causadas por queimaduras. Desde janeiro deste ano, os pacientes (particulares e de planos de saúde) podem ser atendidos no Centro de Tratamento de Queimados do hospital, tanto casos leves quanto complexos, resultantes de queimaduras térmicas, químicas e elétricas, por exemplo.
“O nosso protocolo de tratamento foi ampliado para permitir atendimento completo. Muitos casos de queimaduras exigem longos períodos de internação e tratamento. Com acesso às câmaras hiperbáricas, principalmente com a chegada da versão monopaciente, na qual o paciente pode ficar sozinho e isolado, diminuímos as chances de infecção e sequelas. Aliado ao acesso a todos os tipos de curativos, oferecemos o que há de mais atual em termos de tecnologia, hotelaria adaptada e especializada, possibilitando maior conforto para aqueles que enfrentam o tratamento. Buscamos, além de um atendimento de qualidade, diminuir o uso de antibióticos e possibilitar a recuperação completa no menor tempo possível, de acordo com cada quadro”, ressalta Dr. Diogo.