Como definir o piso mais adequado para o jardim?

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    Junto com a proposta do paisagismo, que envolve a seleção das espécies de plantas, vasos e mobiliários, o piso certo deve atender características do projeto e necessidades específicas relacionadas, entre outros pontos, com a segurança dos usuários

    Como definir o piso mais adequado para o jardim?
    A Praça Paulista Augusta é um jardim de paisagismo indoor composto de vasos e floreiras e realizada para a CASACOR São Paulo 2022, disponível para visitação até o próximo dia 5 de setembro. Fruto da parceria entre os paisagistas Catê Poli e João Jadão, o revestimento terracota, da Portinari, foi eleito para o piso | Foto: Renato Navarro

    Na lista de elementos a serem escolhidos para um jardim, além das espécies, o piso é um dos elementos mais importantes do projeto. Pensando no contexto da segurança, bem como aspectos específicos relacionados à indicação de uso e o tipo de cuidado, o profissional de arquitetura e paisagismo dedica uma atenção exclusiva para não errar na escolha.

    Experientes e parceiros de longa data, a dupla de paisagistas Catê Poli e João Jadão se reuniu mais uma vez e atualmente participação da 35ª edição da CASACOR São Paulo com a Praça Paulista Augusta. Pautados na realização da proposta de um jardim indoor, acompanhe as dicas compartilhadas pelos dois:

    Unir função e decoração

    Jardins são espaços verdes planejados – por isso, nada mais justo do que fazer a análise da área onde será construído. Segundo os profissionais, é fundamental verificar questões como:

    • Dimensões;
    • Espaços abertos ou fechados;
    • Perto de piscinas e áreas gourmet;
    • Frequência da circulação de pessoas e animais.

    Feito isso, o projeto passa a considerar os materiais que serão utilizados para compor o ambiente, sempre prezando pela preocupação de oferecer aos usuários um espaço bonito e bastante seguro. “É preciso especificar um piso que combine com a proposta de onde ele será inserido, seja de uma residência ou de um espaço público. Como premissa, gosto de trabalhar com pisos antiderrapantes como estratégia para mitigar o risco de acidentes em áreas molhadas e externas. O cuidado é com todos, mas é preciso se prevenir ainda mais com o público idoso, crianças e pets”, enfatiza Catê Poli.

    Confira algumas indicações de produtos

    • Pisos de pedra

    Considerados como queridinhos, este tipo de piso é eterno e resistente, possui um ar mais natural e agradável, são pisos de texturas antiderrapantes com formas variadas e alta absorção de água. Entre as variedades que demandam baixa manutenção, a longo prazo, estão o granito, ardósia, pedras portuguesa e goiás, entre outras;

    • Cimentício

    Estes são os mais contemporâneos e os mais econômicos, possuem textura antiderrapante, são fáceis de limpar e contam com modelos atérmicos, que são ideais para áreas abertas. O único contratempo a ser evitado são as infiltrações, que devem ser evitadas com um processo acertado de execução;

    • Porcelanato

    Por conta de seu processo industrializado, agrega sofisticação por conta do seu viés decorativo. Com uma ampla gama de modelos e faixas de preços, a longo prazo pode dificultar a substituição de alguma peça, caso seja tirado de linha pelo fabricante. Por isso, é indicado guardar um pequeno percentual a ser empregado em uma eventualidade;

    • Cerâmicos

    Bastante tradicionais, esses pisos geralmente tem tons terrosos e são atemporais. São porosos e tem aspecto bem natural. Vão bem em áreas externas clássicas, mas também se encaixam nas modernas e contemporâneas por ser um piso que não cai de moda.

    Pisos para quem tem pets em casa

    Com a presença de animais de estimação em casa, João Jadão adiciona a saúde dos pets como um ponto adicional a ser considerado. “É uma questão que envolve não só a locomoção deles como, também, a higiene”, comenta. Assim, deve-se evitar pisos de madeira, pisos laminados e de porcelanato polido, que podem manchar e riscar com muita facilidade. Revestimentos lisos ou muito ásperos podem machucar as patas do animal. “Em áreas externas, eu também indico o uso de grama natural ou artificial. Essa definição vai depender do tipo de manutenção pretendida pelos clientes”, finaliza Jadão.

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