Janu faz do segundo álbum, “Miolo do Oxente”, um caleidoscópio sonoro

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    Janu
    Janu (Crédito: Fernanda Simões)

    Janu faz da sua música um mergulho pessoal, regional e universal, onde ritmos, estilos, líricas e sotaques se multiplicam e se combinam de modos inesperados. O novo disco, “Miolo do Oxente”, traz no título a intenção de entrar a fundo nas suas raízes, e ainda ir além. Sem se limitar aos estereótipos de um nordeste plural, ele une ritmos locais a outros vindos de longe. O resultado é uma coleção de canções habitadas por personagens e histórias que ampliam o escopo sonoro e lírico já apresentado no primeiro álbum, “Lindeza”

    Ouça “Miolo do Oxente”: https://janu.hearnow.com

    O álbum foi um inevitável produto da pandemia. Embora estivesse projetada antes do isolamento, a gravação ocorreu à distância, com Janu e Paulo Franco – cantor e músico da banda Gato Negro e prestes a lançar seu trabalho solo – se dividindo entre a produção musical e a gravação de todos os instrumentos. Entre idas e vindas digitais, foram se formando beats, harmonias e experimentações.

    “Algumas músicas, como ‘Vey’, ‘Direção’, ‘Só’ e ‘Miolo do Oxente’ seguem muito das inspirações no pop em seu sentido amplo – tanto no indie como na música popular mesmo. São misturas de arrocha e dream pop, piseiro e lambada francesa, guitarrada árabe e bregafunk. No disco tem de tudo isso. A ideia inicial era esse estudo sobre os pops – o pop pop e o pop popular”, resume Janu.

    Assista ao clipe “Direção”: https://youtu.be/MuSzrH6tqmA

    Assista ao clipe “Vey”: https://youtu.be/Sopze8r5jT4

    Já canções como “Viver é Massa” e “Dados Binários” têm mais traços experimentais, com inspiração na neopsicodelia. Um exemplo disso é “Caiu no Poço”, que se inicia com um arranjo de “I am the Walrus”, dos Beatles, e uma inspiração em MGMT e Mané do Rosário – manifestação cultural tradicional de Alagoas. A faixa encapsula a ideia por trás do disco: explorar novos limites da canção e da musicalidade para além das expectativas.

    O lançamento vem na esteira de um resgate feito por Janu do repertório de seu primeiro álbum, “Lindeza”, em um show gravado ao vivo. Agora, o músico está pronto para uma nova fase criativa.

    Assista à “Sessão Lindeza”: https://youtu.be/iiFGlAe6WCA 

    Janu vem se tornando um expoente do efervescente cenário independente alagoano a partir de Arapiraca. O músico já acumula uma vivência musical que o projetou para plataformas de alcance nacional com o EP “Matuto Urbano” e músicas como “Perdi La Night”, que integra a trilha sonora do filme “Morto Não Fala” (Denninson Ramalho, Globo Filmes), e “Teu Sorriso” – esta última marca presença no filme “O Retirante”, do alagoano Tarcisio Ferreira, e no especial de 80 anos de Pelé. 

    Com “Miolo do Oxente”, Janu olha para frente, sem deixar de reverenciar suas origens. “Esse é um disco que versa muito sobre caminhos, direção, retomada”, sentencia. O novo álbum está disponível para streaming nas principais plataformas.

    Crédito: Fernanda Simões

    Ficha técnica

    Todas as canções foram compostas por Janu, exceto a música “Miolo do Oxente”, composta por Janu e Paulo Franco

    E “Caiu no Poço” , composta por  Janu e  Mago Véio.

    Músicas: Janu

    Mixagem e Produção Musical: Paulo Franco

    Masterização: Felipe Tichauer

    Arte de Capa: Germano ‘Munganga’ 

    Participação: Mago Véio na música Caiu no Poço

    Todos os instrumentos foram gravados e arranjados por Paulo Franco e Janu.

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