O número de paranaenses endividados baixou em agosto segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Enquanto em julho 95,1% das famílias do estado possuíam algum tipo de dívida, em agosto esse percentual caiu para 94,6%, colocando o Paraná, pelo 3º mês consecutivo, no 2º lugar do ranking nacional de endividados. Normalmente o estado ficava na primeira posição, posto agora ocupado pelo estado do Rio Grande do Sul.
A média nacional de endividados ficou em 77,4% em agosto, com redução de 0,7 pontos percentuais (p.p.) em relação a julho.
A parcela de famílias com contas em atraso se manteve estável no Paraná e registrou 18,1%. O estado ocupa o 24º lugar do ranking nacional de inadimplentes, demonstrando que os endividados paranaenses têm conseguido quitar seus débitos, ainda que o número de famílias sem condições de pagar suas dívidas tenha sofrido ligeiro acréscimo, passando de 5% em julho para 5,7% em agosto. Neste aspecto, o Paraná se encontra na 21ª posição entre os estados com famílias que não terão condições de pagar suas contas em atraso.
Segmentação por renda
Entre as famílias com renda até dez salários mínimos o endividamento caiu de 94,5% para 94,3% na variação mensal.
Tipo de dívida
O principal motivo para endividamento foi o cartão de crédito, com 86,7%, mesmo patamar registrado em julho. As dívidas para a compra de veículo aumentaram de julho para agosto, passando de 5,9% para 7,1%. Já o financiamento imobiliário correspondeu a 5% das dívidas em agosto, percentual semelhante a julho, quando concentrava 5,3% dos débitos dos paranaenses.
Tempo comprometido com dívidas
Já no cenário nacional, o tempo comprometido com dívidas é maior, em torno de sete meses, e somente 25,8% dos brasileiros envolvem o orçamento familiar a curto prazo, por até três meses.
Tempo de atraso
No Paraná, o atraso no pagamento das dívidas gira em torno de 65 dias, sendo que nas famílias de menor renda o tempo de inadimplência é um pouco maior, de 68 dias em média, mas na maior parte dos casos (54,6%) esse atraso supera os 90 dias.
Entre as famílias com rendimentos acima de dez salários mínimos o atraso nos pagamentos está na média de 49 dias, e 45% delas atrasa o pagamento das contas somente por até 30 dias.