Construído no morro de Caieiras, de frente ao mar do litoral do Paraná, o casarão projetado pelo arquiteto e engenheiro Ayrton Lolô Cornelsen, referência em arquitetura modernista, permaneceu fechado à visitação por cerca de sete anos. Reformado a partir de um trabalho comandado por Priscila Poli, o imóvel se transformou em Casamar, hub de serviços com equipe de especialistas em planejar, reformar e decorar casas de férias.
A loja-conceito aposta no privilégio de estar em um espaço de interação com o meio-ambiente para potencializar ações ambientais, e recentemente instalou meliponários – locais onde são criadas espécies de abelhas nativas.
“A própria arquitetura de Lolô Cornelsen foi pensada para uma integração natural com a paisagem ao redor, como demonstram as portas e janelas maiores do que as que as que estamos acostumados”, explica a especialista. O conceito do “mar dentro de casa” ou da “areia presente” foram a inspiração para trazer ainda mais a natureza para dentro do espaço, e assim dar suporte para a biodiversidade se fortalecer ao redor da casa.
Biofilia como parte da alma da Casamar
As espécies escolhidas pela Casamar para iniciar a criação são a Jataí (Tetragonisca angustula) e a Mirim Guaçu (Plebeia remota). Os insetos não tem ferrão, não picam, não tem veneno e produzem mel e própolis. As abelhas ajudam na polinização de hortas, jardins, árvores frutíferas e na conservação dos ecossistemas e da biodiversidade.
“Sempre digo que desejamos mudar o mundo, mas precisamos começar pelo nosso quintal. Por isso cuidar de abelhas sempre foi um direcionamento claro para nós. Sabemos do papel ecológico que a abelha tem no nosso planeta, e sabemos que ela está em perigo de extinção, por isso fazemos nossa parte”, conta Priscila.
O plano de ação é aos poucos ampliar a criação incluindo outras espécies, e que Casamar possa servir como espaço de consciência ambiental, um lugar para disseminar informações importantes sobre abelhas nativas, com visitas de escolas e outras entidades.